sexta-feira, 24 de junho de 2016

A vida perdeu o sentido?

Essa semana eu tava aqui pensando, como ando meio perdida nos pensamentos ultimamente. Não me sinto mal, mas um pouco desorientada, parece que estou no caminho certo mas aí do nada "plim", mudei de ideia. E não, não penso em desistir do curso de design, mas sim de lembrar de coisas que eu gostava antigamente mas não faço mais. Desenho e fotografia eram passatempos para mim. Hoje soa como obrigação, o que é uma tristeza. O blog, parei, difícil eu vir escrever algo por aqui. Até magia que eu gostava de estudar eu parei, parei de dançar, parei de fazer esportes, não faço absolutamente nada de produtivo a não ser estudar para a faculdade (e isso não me soa produtivo). 

Ignora o corset semi aberto e não desiste de mim.
Às vezes a gente precisa parar e pensar em que rumo deveríamos tomar. A gente vive no automático e esquece de nossa verdadeira essência em troca de "prioridades" que a vida e a sociedade nos disponibiliza. É estudar, tirar carteira de motorista, ter um emprego decente, namorar, casar, ter filhos. Mas quem disse que este é o único método para ser feliz? Eu me vejo feliz sendo autônoma, morando sozinha num apartamento todo decorado pequeno com 8 gatos e com uma vista para um bosque e, do meu lado todas as pessoas que eu gosto de ter por perto. A gente precisa de um tempo. Precisamos raciocinar e tomar decisões que nos beneficiam tanto no presente quanto no futuro. Eu não sou religiosa, mas tem uma lenda do taoismo que diz que todos nós viemos à Terra com determinado número de respirações. Quem vive uma vida corrida não respira, vive mal, morre rápido. Sabemos que é cientificamente comprovado que quando se respira fundo se evita um episódio de estresse e, consequentemente, contribuímos para a saúde também. Portanto respirar fundo de vez em quando faz bem não só para o corpo, mas para a alma.


Parece cliché mas não é. A gente tá acostumado a agir "à semelhança dos outros". Olha só fulano, faz tanta coisa ao mesmo tempo, vou fazer também. Olhe só, Ciclana! Tão inteligente, passou em Harvard, preciso passar também. A gente pensa que fazer isso é só para os fracos, mas me diz quantas vezes você já se comparou com alguém? A gente tem aquela mania de achar que só a grama do vizinho é a mais verde. Se comparar faz parte do processo maléfico da sociedade a qual vivemos. A gente é acostumado a ver em todos os lugares anúncios pedindo para que nós sejamos igual a modelo Fulana de Tal. Precisamos emagrecer para sermos igual aos famosos da televisão. Precisamos nos fotografar para recebermos centenas de curtidas e nos sentirmos importantes, sendo que nem 2% daquelas pessoas conversam com você, algumas só sabem o seu nome porque está escrito no seu perfil. A gente vive só. Isso não é ruim, mas também não é bom. Precisamos encontrar o equilíbrio das coisas. Encontrar aquelas coisas que você se sinta a vontade com elas, porque você não precisa fingir alguém que não é, apenas ser. Por isso, procure SER, não apenas existir.

Fim. *-*